Você já sentiu um aperto no peito, uma preocupação excessiva com o futuro, insegurança constante ou pensamentos que parecem te paralisar? Se sim, pode ser ansiedade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de casos de ansiedade no mundo. E se você tem dúvidas sobre esse assunto, estou aqui para te ajudar!
Eu sou a psicóloga Thaina, seja bem vinda/o. Vamos lá?
Ser você quiser ouvir sobre esse assunto, ao invés de ler, clique aqui para acessar o vídeo no meu canal.
Ansiedade: o que é?
A ansiedade é uma resposta natural do nosso corpo a situações de alerta. Trata-se de um mecanismo fisiológico essencial para a nossa sobrevivência. Em muitos momentos, ela pode ser benéfica: atletas, por exemplo, podem usar a ansiedade para melhorar o foco e o desempenho. Da mesma forma, em atividades cognitivas, um certo nível de ansiedade pode nos ajudar a prestar mais atenção e nos preparar melhor para desafios, como uma apresentação ou reunião importante.
Historicamente, a ansiedade surgiu como um mecanismo de defesa. Quando vivíamos em meio à natureza, cercados por ameaças reais como predadores ou condições climáticas extremas, nosso organismo desenvolveu formas de reagir rapidamente ao perigo. Esse sistema nos coloca em estado de alerta, ativando a famosa reação de “luta ou fuga”. Nosso coração acelera, a respiração se torna mais rápida, a pressão sanguínea aumenta e os músculos ficam tensionados para garantir uma resposta eficaz.
O problema é que, nos dias de hoje, não estamos mais fugindo de predadores na selva. Os “perigos” que enfrentamos são outros: cobranças no trabalho, problemas financeiros, conflitos interpessoais e o estresse da rotina. E é aqui que a ansiedade pode se tornar disfuncional.
Quando a Ansiedade Se Torna Um Problema?
Embora seja uma reação natural, a ansiedade pode se tornar um transtorno quando passa a ser excessiva, persistente e interfere na vida cotidiana. Essa condição é chamada de ansiedade patológica.
No transtorno de ansiedade, os mecanismos cerebrais que detectam ameaças não funcionam corretamente. Como resultado, a pessoa sente uma preocupação constante e desproporcional em relação ao futuro e à própria segurança. Muitas vezes, isso leva a evitação de situações que possam provocar esses sintomas.
Os transtornos de ansiedade são classificados em diferentes tipos, entre eles:
- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) – caracteriza-se por preocupações excessivas sobre diversos aspectos da vida.
- Transtorno do Pânico – crises de ansiedade intensas e repentinas, acompanhadas de sintomas físicos como palpitações, falta de ar e tontura.
- Transtorno de Ansiedade Social – medo extremo de interações sociais e situações em que a pessoa se sente exposta ao julgamento alheio.
- Agorafobia – medo de lugares ou situações em que fugir ou obter ajuda pode ser difícil.
- Fobias Específicas – medos intensos e irracionais de determinados objetos ou situações.
Esses transtornos são reais e possuem bases biológicas, assim como doenças físicas, como a diabetes, por exemplo. Infelizmente, muitas pessoas ainda subestimam a gravidade da ansiedade, o que pode atrasar a busca por tratamento adequado.
O Que Causa a Ansiedade?
Embora a ansiedade patológica seja o resultado de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Um dos aspectos mais importantes é a influência das experiências vividas na infância.
Assim, estudos mostram que crianças que passaram por abuso físico, emocional ou negligência têm maior propensão a desenvolver transtornos de ansiedade na vida adulta. O estresse precoce pode comprometer o desenvolvimento dos circuitos cerebrais, tornando o indivíduo mais vulnerável.
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Além disso, outro fator importante é a forma como o cérebro processa as ameaças. Pessoas com ansiedade podem apresentar alterações no funcionamento das regiões cerebrais ligadas ao processamento emocional. Por isso, diante de um pequeno gatilho – uma lembrança, um pensamento ou uma imagem – o corpo pode reagir com intensidade, gerando sintomas como:
- Coração acelerado;
- Dificuldade para respirar;
- Dor de cabeça;
- Alterações no sono;
- Crises de choro;
- Ataques de pânico.
Como Tratar?
Por fim, a boa notícia é que o cérebro é incrivelmente flexível e tem a capacidade de se reorganizar ao longo da vida. Isso significa que é possível aprender a gerenciar a ansiedade de forma eficaz!
A psicoterapia é uma das principais formas de tratamento, pois ajuda o paciente a compreender melhor suas emoções, identificar padrões de pensamento negativos e desenvolver estratégias para lidar com situações ansiogênicas. Assim, estudos mostram que a terapia pode, inclusive, provocar mudanças estruturais no cérebro, melhorando a regulação emocional.
Outras estratégias que podem ajudar incluem:
- Prática de exercícios físicos;
- Meditação guiada;
- Alongamento;
- Em alguns casos, o uso de medicação (sempre sob orientação médica).
Se você se identificou com esse conteúdo, não hesite em procurar ajuda. Afinal, a ansiedade é real, pode ser incapacitante, mas tem tratamento. E você não precisa enfrentar isso sozinho!
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